A Páscoa tem origem pagã. Há milhares de anos os europeus já comemoravam a data em respeito a transição do inverno para a primavera. A deusa da fertilidade ( Eostre ) era reverenciada durante o mês de março ( aproximadamente dia 20 ou 21 ) , época do equinócio de inverno no hemisfério norte. Há quem diga que da palavra Eostre derivaram Easter ( páscoa em inglês ) e Ostern ( em alemão ). Para os europeus tratava-se de data muito significativa, pois representava o fim da escassez de alimentos e , portanto, uma maior sobrevida para todos.
Para o povo judeu, a Pessach, está vinculada a passagem da escravidão para a liberdade, depois de conduzidos para fora do Egito por Moisés, conforme narra o livro bíblico “Êxodo”.A Páscoa dos judeus dura oito dias e leva a um fluxo intenso de visitantes na região de Jerusalém e na Cisjordânia.
A Páscoa ocidental cristã está intimamente ligada com o termo Pessach, hebraico, e também com um ritual de passagem. Ocorre que para os cristãos, trata-se da época de Ressurreição de Cristo ( em 30 ou 33 D.C. ), cuja boa nova condiz com sua ascensão aos céus, na direção do Deus-pai. Não obstante, a data da Páscoa também possui vestígios do culto pagão, visto que acontece após a primeira lua cheia posterior ao equinócio vernal.
Comemorando ou não a Páscoa, é preciso refletir, durante esta semana, considerada santa, sobre a eterna passagem do ser humano em direção a si mesmo e à sua liberdade interior. Aproveitemos o feriado cristão para pensar nas nossas mudanças necessárias e naquelas inevitáveis com as quais a vida nos premia uma vez ou outra, no intuito de nos empurrar para frente. Boa Páscoa para todos!!
Texto de Marcos André Carvalho Lins
Imagem de Osvaldo Barreto
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