segunda-feira, 14 de maio de 2007

Sereia


Transbordam os ventos,
Abrem-se os mostruários,

A prova está atrás do aquário,
Silenciosamente densa,
(irrefutável!)

Destrancara todos os cadeados,
Esquecera as digitais,

Foi flagrada na cena,
( compaixão, pena )

Assim que a tocaram: desapareceu!
Tornou-se peixe

Na água, bailava a vida
Ávida por aprisionar-se novamente

( os olhos mergulhados no infinito de uma lágrima )

Texto de Marcos André Carvalho Lins
Imagem Osvaldo Barreto

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