Adia essa dor que te entristece,
Aplaca essa chama que não te aquece,
Traz ao mundo o melhor de ti,
Te esquece,
Busca-te entre o céu e as estrelas,
(diz o que vier na telha )
Concede, aos que nada tem, tua atenção
(não te preocupes com a escuridão)
Perdura na eternidade consumada...
( como uma criatura alada, sem teto, sem parede
sem chão...)
Permite à tua criança insurgente
Partir,
Sem ter para onde ir,
Sem ter onde ficar,
Apenas deixar passos na vastidão dos rastros
Seguindo em direção ao mar...
( onde não vai mais doer esse sentimento tangível,
que de tão físico, já se fez pedra)
Cresce em torno da vaidosa fogueira
( as miúdas centelhas não vão te enlaçar )
Realiza uma primeira prece,
Não te apresses,
Observa o fugir do dia,
Combate teu medo,
Segrega-te do teu pensamento
Reconhece-te na tua alegria,
( depois vem cá para dentro, pois já se faz tarde,
E a brisa já se faz fria...)
Texto de Marcos André Carvalho Lins
Imagem Osvaldo Barreto
Galeria de Imagens
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