Semana Marcos André Carvalho lins
NA PARADA.
Sonhava miúdo. Elaborava pequeno. Quase dois metros de altura, não era pra menos. Ela tinha apenas metade da sua altura, olhos áridos, mudos e luxentos. Olhava-o com certo senão. Ele correspondia , sem qualquer razão. Se achegava sereno, dois metros de altura , fitou-lhe o traseiro, os seios, os joelhos. Avançou dois passos. Ela afastou-se três. Ele piscou um dos olhos. Olhar de cobiça e visual de burguês. Pediu um maço de cigarros no fiteiro. O truque aprendera com um amigo certa vez. As minas gostam de fumantes, passa uma imagem de adulto. Aprendera a dica para perder a cara de bobo: fumaça e pigarro. Novamente tornou a observá-la. Ela carregava uns livros consigo: Paulo Coelho. Decidiu...
A LUZ E A SOMBRA
As estrelas, de olhar cálido e terno, se assemelhavam a sua mãe. Em algum lugar, ele podia escutar o sorriso e compreender os pensamentos de sua adorada genitora. Cada passo seu por esse mundo, tinha um pouco de Geninha, como ele a chamava carinhosamente. Ela não o apoiaria naquela decisão, mas parte dele também não concordava. De mais a mais, aquele capítulo já se tornara um grande equívoco em sua vida e a separação se impunha por si mesma...
DEPOIS DA ARTE, O PENSAMENTO
Pensamento. Passou um voando por entre as veias do artista. Um pensamento-arte ou uma arte-pensamento.Um quinhão de ninfas nuas e despudoradas, uma vereda do mundo que não leva a lugar nenhum, uma música presa entre as grades do presídio.
- Calem ! Eu preciso pensar...
Textos de Marcos André Carvalho Lins
Nenhum comentário:
Postar um comentário