segunda-feira, 19 de março de 2007

Semana Marcos André Carvalho lins


NA PARADA.

Sonhava miúdo. Elaborava pequeno. Quase dois metros de altura, não era pra menos. Ela tinha apenas metade da sua altura, olhos áridos, mudos e luxentos. Olhava-o com certo senão. Ele correspondia , sem qualquer razão. Se achegava sereno, dois metros de altura , fitou-lhe o traseiro, os seios, os joelhos. Avançou dois passos. Ela afastou-se três. Ele piscou um dos olhos. Olhar de cobiça e visual de burguês. Pediu um maço de cigarros no fiteiro. O truque aprendera com um amigo certa vez. As minas gostam de fumantes, passa uma imagem de adulto. Aprendera a dica para perder a cara de bobo: fumaça e pigarro. Novamente tornou a observá-la. Ela carregava uns livros consigo: Paulo Coelho. Decidiu...


A LUZ E A SOMBRA

As estrelas, de olhar cálido e terno, se assemelhavam a sua mãe. Em algum lugar, ele podia escutar o sorriso e compreender os pensamentos de sua adorada genitora. Cada passo seu por esse mundo, tinha um pouco de Geninha, como ele a chamava carinhosamente. Ela não o apoiaria naquela decisão, mas parte dele também não concordava. De mais a mais, aquele capítulo já se tornara um grande equívoco em sua vida e a separação se impunha por si mesma...


DEPOIS DA ARTE, O PENSAMENTO

Pensamento. Passou um voando por entre as veias do artista. Um pensamento-arte ou uma arte-pensamento.Um quinhão de ninfas nuas e despudoradas, uma vereda do mundo que não leva a lugar nenhum, uma música presa entre as grades do presídio.
- Calem ! Eu preciso pensar...


Textos de Marcos André Carvalho Lins

Nenhum comentário: