quinta-feira, 14 de junho de 2007

Tempestade


O mundo titubeia, e a vida brota

Há miséria em toda parte, à tua porta

Crescendo na vastidão de células mortas

O carrilhão se desgoverna, e a conversa se desorganiza

Pára! Ouve por um instante o caloroso bailado da brisa

Sonha! Sente, embora calado, o tons do cinza

As cinzas que amparam os restos mortais

(A tonalidade dos sentimentos razoáveis)

Olha para trás, vê o teu próximo sem capa ou sobretudo,

Mudo!

Olha que o mundo engoliu-lhe a alma!

Texto de Marcos André Carvalho Lins
Imagem Osvaldo Barreto

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