quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O Calendário


Vai-te pelas trevas da mesa

Esconde-te entre o hoje e o ontem

( pesar, tua presença encerra...)

És o verbo,

Ainda que apenas entre céus e terras,

Assente na alma,

Quanto a mim, apenas um servo

O teu inverso, universo

Meu caminho não pagino, nem adestro

Me declaro escravo e cria,

Dos teus lapsos, intervalos, estações

( ironias )

Pois enquanto regozijas sublime,

A mim, triste ser temporário,

Recai a aurora do candelabro...

Texto de Marcos André Carvalho Lins
Imagem de 5 O' Clock Lab

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