
Sou o silêncio,
A brotar dos teus lábios,
O amor,
A tocar-te a sina,
Tu és a única força,
A empurrar-me ladeira acima,
A vida que nos onera com herdades,
Traduz a flor,
Que agora me invade,
Transmuta em cor,
A dor do indolor destino
( teus braços )
Lindo ser,
Cujo sorriso em si não cabe
Cujo mundo, átrio da paixão
Trafega entre o tudo e o nada
Sem prender-se,
À própria sombra,
Sem eivar de rumos,
O próprio caminho,
Enquanto houver uma lua,
No semblante do dia,
Há de existirem,
Meus olhos,
Tua boca,
A se amarem.
(eternidade)
Autoria: MARCOS ANDRÉ CARVALHO LINS
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