O mundo parou,
O menino gritou,
O carro o levou...
Quantos meninos?
Quantos gritos não são nem ouvidos?
Quantos afagos perdem-se na escuridão das sarjetas?
Quantas pessoas lucram com a fraqueza alheia?
Quantos seres são jogados na pobreza?
Quantos pais olham os filhos apodrecerem de tristeza?
Sem um prato de comida, sem um prato de sobremesa?
As vidas são equivalentes entre si.
Todos têm direito a uma vida integral.
Toda criança tem direito a uma infância.
De quem é a culpa da violência?
Da polícia que não faz nada?
Ou do estado que se omite?
Nós , somos todos nós, acusados, julgados e sentenciados
Por esse crime chamado violência.
Se não por nossos compatriotas, familiares e amigos,
Ao menos pela nossa consciência...
( para aqueles que ainda a possuem, para aqueles que são ainda razoáveis...)
Texto de Marcos André Carvalho Lins
ANTERIORES:
-Céu
-Praia à Noite
-Luz e Flor
-Jardim Fragoso sem Jardim
-Chove ou não chove
-Mergulho
-Lua no telhado
-Viva o coletivo no over-bar
-Irmãs Gêmeas
-Cores da Manhã
-O Guerreiro
-Amar por Inteiro
-A mulher Azul e o Homem Cabeça de Fósforo
-Preço do Brilho
-Litoral
-Fé
-O Sol virá
-Anjos Amarelos
-Torres Gêmeas
-Erosão
-O Dono do Lugar
-Razão D’Alma
-Fadiga
-Luz
-O Amor Floresce num coração de Concreto
-Fênix
4 comentários:
Se pararmos para pensar, estamos todos num beco sem saída, chegou num ponto onde pensamos não haver para onde piorar. E o q fazer? Torcer para aqueles em quem votamos faça alguma coisa? Ou nós mesmo empunharmos armas? Creio q a nossa arma deveria ser o amor, a oração e a fé. E como Ghandi lutar pacificamente por um país melhor, pensemos no exemplo dado por ele, tudo é possível desde que queiramos. Um grande abraço - http://vidabemvivida.zip.net.
obrigado, claudia, pela sua opinião.penso que o grande problema é que a maioria não quer.
A indústria da violência não sustenta apenas uma minoria, ela também ajuda a lavar a consciência de uma classe média omissa, cujo principal esporte é colocar a culpa da miséria na indolência, na vilania do miserável, na falta de determinação do pobre, na política do governo, na ordem natural das coisas e por aí vai. Mas o problema está implícito na ausência de um comprometimento maior com as classes menos favorecidas. Pegar em armas está longe de ser a solução; o amor, a oração e a fé ajudam muito, porém nada como olhar o próximo como um igual e dele extrair o melhor, através de mecanismos e políticas extra-governamentais que pontuem com oportunidades o caminho dos indivíduos menos favorecidos economicamente.Mais uma vez obrigado pelo comentário.
abraço,
Belo e sensível texto. Sofri com esse crime (hediondo!) como também sofro pelas crianças que vivem uma vida miserável. Abraço.
obrigado, Sandra. pelo comentário.
a cada minuto que passa, crianças morrem de fome no interior desse país e no mundo. a subnutrição é alarmante, os índices de desigualdade social são os piores, e é descomunal os números de crianças que nunca frequentaram uma escola e não pretendem fazê-lo. no Sudão, crianças são convertidas em soldados à força, no Rio de Janeiro elas são aviãozinhos do tráfico. a violência está embutida nas nossas entranhas.
e nós fazemos apenas cara de paisagem. é preciso mudar isso!!
grande abraço,
Postar um comentário