Janela , prisão de tantos
( grades que encerram banzos )
Muitas vidas lhe percorrem a história
Praticamente sem memória, a janela chora seus ais
( passa-lhe através o mundo, invertido, quase moribundo
de um lado, fatos críveis, verossímeis, do lado de dentro,
miséria de seres a se perderem em si... )
lugar de prantos,
De lágrimas que transpassam almas
Que se desfazem no interior
( a vista transforma a paisagem, em diário
de viagens, de um espírito libertino, liberto, concreto,
ainda que por pouco tempo...ainda que um tempo sem cor)
Na janela, passam primaveras presas em sonhos,
( o ser avista do parapeito da janela o destino de suas
próprias quimeras, o sentido de sua própria cela,
uma nesga de escuridão...)
A noite abduz a janela...
E o pensamento torna-se oxigênio, em eterna combustão...
Texto: Marcos André carvalho Lins
Imagem da Casa da Cultura: Osvaldo Barreto
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