Alguém que se oculta,
(visão: quase nada...)
Sonhos abertos à bruma...
Sanha profunda.
De que ?
Não se sabe.
Não se fala palavra.
Seres lacônicos.
Silêncio na alvorada
(vidas que não se tocam, se entocam)
Se escondem os mortos.
II
A mulher que, despida,
Observa as formigas...
Seguem caladas.
A mulher e as formigas.
( atmosfera cinza.tempestade.
Congelam-se os brados...)
A mulher esquecida,
Ainda que sem as vestes
Agasalha o orvalho...
As formigas se perdem
( parecem trabalhar para receber salário...)
III
É a alma do mundo – convence o profeta
Em transe,
Em fuga,
Buscando mudanças...
Texto de Marcos André Carvalho Lins
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