Teu dolo
Mais uma vez você me traiu
Mais uma vez...
Traiu-me como um Judas
Com um beijo me traiu
Traiu com a simplicidade
Com a tola complexidade de um ladrão
E nada levasse....
Só a prova do teu dolo.
Deixasse tudo sem explicação,
Tudo sem sentido,
Sem lágrimas,
Com dor.
Não tenho mais palavras para minha decepção.
Deus te guarde!
Poesia barata
Fiz uma poesia barata,
Num papel barato,
Em um beco perdido,
De pessoas perdidas,
Bêbadas,
Angustiadas,
Ouvindo um som bêbado e angustiado.
Perdido...
E fiz sem saber fazer
Fiz sem obrigação de fazer
Fiz com rima,
Com métrica,
Com regra,
Com som.
A perfeição da minha poesia era o seu silêncio
Não dizia nada.
Era monstro do pântano
E por isso a destruí.
Deus Grego
A primeira vez que ti vi, você nem existia.
Ti joguei por cima da pança
E sentia o teu cheiro inexistente de cria nova.
Abracei fortemente os trapos coloridos que ornaram minha fantasia
E questionava sempre a mesma pergunta por falta de assunto.
A felicidade era estandarte de dentes naqueles tempos de esperança.
Desde o dia que a vida te trouxe em águas
Espero-te gota a gota.
Osvaldo Barreto
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No princípio
Urbe
Valeu, Leandrão!!!
Saudades
Cosmo
Para ti
A rosa e o vento
Toda saudade que existe
Ser grande
Latifúndio
Caminhos
Sentido
Abraço
Sou em ti porque és em mim.
Cemitério Clandestino
CARTA ( PÓSTUMA ) À MINHA VÓ
MINHA AVÓ-MARIA DA GLÓRIA LEITE CARVALHO
Carmen Miranda,
(Marco de Canaveses, Portugal, 9 de fevereiro de 1909 — Beverly Hills, Estados Unidos da América, 5 de agosto de 1955)
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